sexta-feira, 14 de novembro de 2014

VIDA E SENTIDO (INÉDITA)

Depois de uma sequência de textos sobre política, que tal sairmos do concreto e embalarmos numa viagem? Vamos viajar pela filosofia, pela metafísica, pela existência como um sentido ou pela existência sem sentido. Como queiram.
 
Publico, pela primeira vez, uma poesia que estará no meu próximo livro. Espero que gostem
 
 
Vida e sentido  - Autor: Joaquim Barros


Não me venham com dogmas
Não sou uma suposição incondicional
Sou vida, sou animal
Vida que não sei se é
Morte que sentido a dá
Sou fé sem milagres
Distingo-me dos meus pares
Internos os pares, pois
Há multiplicidade encarnada na mesma carne
Que alma resiste?
A alma filosófica
A vida hoje, a vida outrora
E amanhã a morte anunciada
Como viroses de outono,
Com suas nuvens carregadas?
E o sentido da vida
Como se explica?
Sensações vividas
Para delas nos esquecermos no fim dos dias
Sentindo medo de que não haja esquecimento
Com o tempo me aqueço
Sonhando divergente
Como um ser intransigente
Para que tudo seja diferente,
Do que nem sei.
 

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