sábado, 15 de novembro de 2014

AS ELEIÇÕES ACABARAM. E AGORA?

O teatro político tem vários atores. Cada ator ou grupo de atores representa um certo papel. E o papel representado é a figuração dos interesses por trás de cada encenação.
 
A peça está apenas começando em meio a um burburinho estranho vindo de pequenos grupos sociais que votaram no candidato derrotado. São burburinhos, pois não possuem o poder de fato. Delírios sociais vindos de segmentos médios nunca foram realmente fonte de poder. Nem no Brasil nem na história do mundo. No máximo são usados para auxiliar interesses maiores. Interesses de classes dominantes.
 
Voltemos aos atores reais. Primeiramente verificando o quanto o partido progressista que governa o país há 12 anos, ficou refém de setores moderados e setores conservadores. Confortaram o povo com medidas de estímulo ao autodesenvolvimento pessoal e social através de programas de distribuição de renda, política de cotas, política habitacional e diversos incentivos para a base da pirâmide se inserir no sistema formal de educação, incluindo o nível superior, dentre vários outros programas.
 
Até aí, nenhum risco concreto para o status quo dos verdadeiros comandantes do sistema econômico, cujos principais atores são: bancos, federações industriais, federações comerciais, industrias do agronegócio, multinacionais do ramo químico e do ramo alimentício, grandes construtoras e diversos outros atores.
 
Uma onda de boatos espalhados nos últimos 18 meses vêm mexendo com a consciência e a expectativa da classe média econômica e cultural (uma parte significativa dela). Coisas como "conselhos populares", "reforma política através de plebiscito" etc. Daí foi fácil para a grande mídia, que é a ponta de lança daqueles que chamei de verdadeiros comandantes do sistema econômico, criarem junto aos seus leitores um ambiente hostil em relação ao governo e a sua continuidade.
O partido da governança atual e dos últimos anos, governou com as instituições e produziu avanços consideráveis. Entretanto, a maior barreira para a sequência de um projeto brasileiro, progressista e independente está do lado direito da foto acima.
 
No teatro a que me referi, as pernas do lado direito da foto representa o ator principal e os pés do lado esquerdo não alcançou, se quer, o papel de coadjuvante. Faz algumas "pontas", pois até aí é tolerável.
 
Em tempo, os tênis de marca da classe média não couberam na foto.
 
Teremos que aprofundar mais este assunto.  Vamos trabalhar mais textos.
 

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