Única das cinco regiões brasileiras que não é banhada pela mar, o centro-oeste outrora banhado por florestas, hoje possui oceanos territoriais cobertos de grãos, cana-de-açúcar e bovinos. Aliás, a população de bovinos na região é superior a de habitantes.
A cada ano a produção e a produtividade da região apresentam crescimentos. Além de exportar produtos primários, o Centro-oeste também desenvolveu-se na indústria agrária de transformação e na venda de seus produtos para outras regiões do Brasil.
Por ser uma região pouco povoada, apenas 15 milhões de habitantes, o modelo econômico baseado no agronegócio e nos serviços nos centros urbanos, especialmente Brasília e Goiânia, cria três aspectos a serem destacados:
a) crescimento da classe média urbana;
b) empobrecimento do homem nativo do campo e
c) domínio econômico e político dos grandes ruralistas.
Os itens "a" e "c" estão umbilicalmente ligados, embora parte da classe média do Distrito Federal seja formada por funcionários públicos e de estatais e profissionais liberais.
Já o empobrecimento do homem nativo do campo, encontra explicação na ampliação do tamanho das propriedades e no constante investimento em tecnologia.
O Centro-Oeste está crescendo ano a ano a sua participação no PIB brasileiro. É a região que mais aumenta a sua participação. Em 2008 o PIB do Centro-oeste participava com 8,9% do PIB brasileiro. Atualmente já se aproxima de 9,5%.
Tais fatores criaram uma política fechada em si na região, com pouca chance de penetração de discursos mais à esquerda, pois os formadores de opinião e a estrutura política estão comprometidos com a manutenção do status quo.
Em parte, este painel geográfico e sócio-econômico, explica porque a presidenta Dilma perdeu as eleições no Centro-oeste. E, que se leve em conta que o governo PT do Agnelo Queiroz no DF foi marcado por polêmicas e inabilidade do referido partido.
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