domingo, 27 de março de 2016

FELIZ PÁSCOA?

Ah, sim, claro, espero que todos tenham uma ótima páscoa, principalmente quando chegar a hora, pois páscoa significa passagem. É isso mesmo que você pensou, bem no popular: "quando se passa dessa para uma melhor"(?)

A exceção é o primeiro domingo da primeira lua cheia do outono, quando segundo o calendário cristão, Jesus Cristo teria ressuscitado. Então a palavra ganha um "P" maiúsculo para os cristãos e a Páscoa ganha significado religioso. Ou seja, depois de 40 dias de quaresma, finalmente hoje é dia de festa!

Se você é cristão, parabéns, se não é, sugiro que festeje também. Festa é uma coisa muito boa! Talvez com menos chocolate, os preços estão absurdos; o bacalhau então nem se fala, com o dólar a 4 reis, umas sardinhas fritas caem muito bem. Importante é que com religião ou sem religião você festeje, pois se você está lendo este texto, significa que a sua páscoa não chegou. Então, se faltar o que festejar, festeje a vida!

Lembre-se de que amanhã tudo volta ao normal. E aqui pelas terras do "Monte Pascoal" o normal tem sido crise política, juiz(es) afoito(s), desemprego, queda de renda e as manifestações multicoloridas.
Por falar em volta a normalidade e crises, haveremos de desenvolver estes temas a partir de acontecimentos dos próximos dias. Algumas coisas, entretanto, são perceptíveis e claras, pois estão atreladas a um novelo histórico que se desenrola há quase 62 anos e que mantém o Brasil economicamente preso e cada vez mais dependente do sistema financeiro e dos grandes interesses globais do mundo rico.

Apenas alguns itens para reflexão:

1- desnacionalização da economia brasileira desde a segunda metade dos anos 50;
Consequência: sucateamento da indústria nacional

2- desvio do foco econômico para as commodities, ênfase na exportação das mesmas e acúmulo de balanças comerciais desfavoráveis
Consequência: destruição do meio-ambiente e empobrecimento do país

3- segundo o economista Adriano Benayon(*), acumulamos décadas perdidas desde os anos 80, consequência do modelo político e econômico pós-Vargas, o Produto Nacional Bruto tem acumulado quedas contínuas
Consequência: destruição de seres humanos pela violência, miséria e falta de perspectivas

4- está claro que a crise é infra-estrutural e estrutural/institucional e assim sendo, enganam-se aqueles que pensam que ela se dissipa golpeando-se a Presidência da República e reduzindo-se o PT a pó. 

Finalmente, vale salientar, que o Lula e o PT jamais foram alternativas para qualquer mudança estrutural, apesar de alguns bons projetos de caráter social. Porém, defender o Estado de Direito, neste momento, é a única maneira de impedir um retrocesso maior ainda, considerando o tempo que seria necessário para a recuperação do campo progressista, nacionalista e verdadeiramente democrático da sociedade.

(*) Adriano Benayon é doutor em Economia pela Universidade de Hamburgo, Alemanha; autor do livro Globalização versus Desenvolvimento

sábado, 12 de março de 2016

POR QUE NÃO IR ÀS RUAS DOMINGO?

Eu só iria às ruas amanhã,  com qualquer cor,  se as reivindicações fossem:

a) renúncia imediata do executivo e de todo o legislativo Federal; 

b) debate nacional sobre reforma política com eleição de Congresso com tal missão seguida de plebiscito e

C) pela escolha de um governo comprometido com o fortalecimento da economia nacional,  anti-imperialista,  popular e progressista. 

Neste momento,  nenhum dos dois lados me representa. 

 Só não aceito tramóias contra a democracia,  que mesmo não sendo representativa da maioria,  muita gente lutou e muita gente morreu para chegarmos até aqui. 

Domingo,  ficarei em casa,  pois não sou massa de manobra.