domingo, 22 de novembro de 2015

POESIA: EU NÃO ME CALO

O momento de turbulência de diversos tipos em todo o mundo, é fruto do domínio, da arrogância e da prepotência ocidental capitalista.

Como disse Pablo Neruda no livro Confesso Que Vivi, "o poeta que sabe chamar o pão de pão e o vinho de vinho é perigoso para o agonizante capitalismo".

Então, que tal começarmos a semana, inspirados e motivados pelas palavras de Neruda lindamente arrumadas na poesia Eu Não Me Calo?
Eu não me calo.

Eu preconizo um amor inexorável.

E não me importa pessoa nem cão:
Só o povo me é considerável,
Só a pátria é minha condição.

Povo e pátria manejam meu cuidado,
Pátria e povo destinam meus deveres
E se logram matar o revoltado
Pelo povo, é minha Pátria quem morre.

É esse meu temor e minha agonia.

Por isso no combate ninguém espere
Que se quede sem voz minha poesia.

(Neruda, 1980) 

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