sábado, 24 de janeiro de 2015

BOM DOMINGO, EUROPA

Meus amigos, amanhã, dia 25 de janeiro de 2015, tem tudo para ser um dia marcante na Grécia e consequentemente na Europa e mais especificamente na União Europeia.
 
Não somente porque haverá eleições na terra das ágoras, mas porque a Grécia se insurge contra a política econômica neoliberal da francesa Lagarde e da chanceler alemã, Angela Merkel,que contam com a complacência do presidente francês Hollande, que nada tem de socialista, sequer de social democrata e parece perdido com os próprios problemas internos da França, como economia fraca, desemprego juvenil, xenofobia, intolerância racial, intolerância religiosa e vai por aí.
 
Voltemos à Grécia. Tudo indica que o movimento Syriza possui vantagem folgada para vencer as eleições de amanhã. Diferentemente do Partido Socialista Francês, no Syriza há lideranças forjadas conceitualmente a partir de ideias realmente socialistas e humanista.
 
Alexis Tsipras, candidato do Syriza à presidência grega, quer rediscutir a dívida de sua pátria e para isto haverá de enfrentar a sanha vampiresca do FMI, dos banqueiros e da Alemanha. Jornada difícil para um mortal. Mas, a terra que criou Hércules, está acostumada a grandes desafios.
 
Tsipras sabe que ou se articula com outros países que estão sufocando o povo para atenderem aos interesses maiores dos credores e da UE, leia-se Alemanha, como é o caso da sua Grécia, ou sua tarefa será muito difícil. A boa notícia é que articulações já têm sido feitas, inclusive com parlamentares da UE e outros movimentos de esquerda.
Como toda ação gera reação, pois é a dialética viva na sociedade e na história, há fomento de insatisfações populares em várias partes da Europa. É bem verdade que algumas dessas insatisfações estão fortalecendo os sempre presentes direitistas xenófobos, consanguíneos do fascismo. Mas, neste texto quero apenas tratar do que a Grécia pode desencadear para si, para seu povo e para outros países, num campo mais à esquerda, menos submisso ao FMI e a Alemanha e mais progressista no sentido de que seus povos não fiquem escravos de acordos impostos pelo poder credor e aceitos por governos fracos e submissos.
 
A boa notícia é que em breve haverá eleições na Espanha, onde um movimento chamado Podemos está em ascensão, terá candidato próprio e mantém relações estreitas com o movimento Syriza. Eis o que precisa ser feito, a aproximação natural de tais movimentos de esquerda, pois o sucesso de um levará a vitória do outro e assim sucessivamente.
 
Portanto, sejamos todos Syriza e torçamos pela vitória de Alex Tsipras. A sua vitória será um bom domingo para a Europa. E, mantendo-se fiel as suas raízes, poderá influenciar vários outros domingos.
 
Viva a Grécia, viva a consciência majoritária do povo grego!

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