sábado, 20 de dezembro de 2014

MAS, É NATAL!!!

Está chegando o Natal! Sempre é natal. E não há natal sem a mulher, a mãe, aquela que durante 9 meses sustenta e alimenta um novo serzinho que terá o seu natal.
 
No mundo, cerca de 1 mulher morre por minuto por complicações no parto. Mas, é Natal! Vamos comemorar com rabanadas, vinho, bacalhau, quem sabe um peru bem gordo, frutas, saladas, nozes, castanhas. Ah, é Natal! Outros irão comemorar com frango assado, farofa, cerveja, quiça alguns doces.
 
Cristãos mais militantes irão rezar. Não sei se pedirão ao natalino, que receba as cerca de 600 mil mulheres mortas por ano por complicações no parto. Afinal, quem divulga tais números? Esses números não são da corrupção, então não servem para o momento. Não dão audiência. Mas, é Natal!
 
No Brasil atualmente morrem cerca de sessenta e poucas mulheres para cada 100 mil bebês nascidos vivos. Em 2004 a taxa era de 75 mulheres mortas. A OMS classifica os países em 4 estágios. O Brasil encontra-se no terceiro pior, que é o nível ruim (entre 50 e 149 mortes). Lástima, vergonha. É uma vergonha para o Estado em todos os níveis e uma vergonha para as classes que se remoem com a ideia da distribuição de renda. 
Vamos celebrar o Natal! o natal interrompido das 14 crianças que morrem antes de completarem 1 ano de idade para cada mil natalidades. Há que se considerar que em 2000  a taxa era de 29 mortes, redução expressiva, porém no caso de mortes de crianças recém nascidas, não cabe elogio. Não passa de obrigação. E é o mínimo.
 
Jesus Cristo, um pregador humanitário e contrário a opressão do Império Romano no Oriente, se vivo fosse, não estaria feliz com as mortes de mães durante o parto em números desleixados e tampouco com a mortalidade infantil nos países pobres, como os da África, muitos da Ásia e da América latina.
 
Acho, que ele não iria querer festas e comilanças. Seja seu aniversário no dia 25 de dezembro ou em abril como afirmam com fontes confiáveis os historiadores que se dedicam ao assunto. Penso que passaria o seu dia natalino assim como os demais: pregando. Pregando o amor, pregando a paz, pregando a repartição do pão (que interpreto como distribuição de renda), dentre outras coisas. O risco seria o de novamente ser crucificado pela classe média ortodoxa taxado de comunista.

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