segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PIB, esgotamento planetário e outras perturbações

De maneira direta e simplificada, o PIB (produto interno bruto) é um indicador de atividade econômica, convertido para uma unidade monetária, por exemplo, o dólar.
 
A atividade econômica é o conjunto da produção dos diversos setores da economia, inclusive setores que produzem elementos intangíveis, como a prestação de serviços. Ou seja, nem só as coisas tangíveis como automóveis, construção de prédios, colheita de milho, por exemplo, fazem parte da atividade econômica. Um bom exemplo de atividade econômica com produção intangível é uma aula particular dada por um professor ( educação e transferência de conhecimento/experiência ).
 
Não é meu propósito fazer um texto sobre o que é PIB. Isso qualquer um encontra pesquisando por aí. O importante é ter em mente que ele mede a atividade econômica, que por sua vez reúne tudo que gera renda e riqueza.
Certamente, todos já perceberam como o tal PIB vem sendo tema de jornais, debates, noticiário em geral, mídias diversas no Brasil, na Europa, no Estados Unidos etc.
 
Estando os meios para produzir ( ver meu texto do dia 16 de outubro ), em sua maior parte em mãos privadas, quanto mais o PIB crescer, maior tenderá a ser o aumento da riqueza de tais pessoas. Nos livros de História, essas pessoas recebem o nome de burguês. Mas, como essa nomenclatura já foi muito "batida", por vários motivos, vamos adotar um outro nome: acumulador.

Então, num país ou numa região qualquer, o acumulador (proprietários dos meios para produzir) resolve se vai produzir mais, se vai produzir menos, se vai contratar empregados, se vai demitir empregados, se vai investir em tecnologia ( neste caso normalmente para aumento de produtividade ), etc. Todas as decisões são tomadas de acordo com os indicadores econômicos e a tendência dos mesmos. Tudo isso influencia o resultado do tal PIB.

O que eu quero com esse texto? Mostrar, que muitas coisas da sua vida, leitor, estão condicionadas a decisões privadas e em especial dos acumuladores. Se você está empregado ou desempregado, se alguns preços subiram ou caíram, se você está pagando mais caro para fazer um empréstimo, ou mesmo se o poder de compra do teu salário aumentou ou diminuiu.
 
Para que as pessoas comuns, assalariadas ou não, tenham melhor renda, não é necessário buscar-se a todo custo crescimentos acelerados e longos do PIB. Lembrem-se de que 70 milhões de pessoas são donas de metade da riqueza do mundo !!!  E o mundo tem mais de 7 bilhões de habitantes.
 
O que precisa ser feito é distribuição de renda. O que o crescimento do PIB não garante. Aliás, são duas as garantias de uma trajetória de crescimento com os meios para produzir em posse dos acumuladores: mais concentração de renda e aumento do esgotamento dos recursos do planeta.

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