sexta-feira, 19 de junho de 2015

AGRESSÃO CONTRA A VENEZUELA

Um grupelho de senadores brasileiros, dentre eles o que há de mais expressivo em matéria de conservadorismo, tais como Ronaldo Caiado do DEM (antigo PFL), Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira, ambos do PSDB - o partido que vendeu a Vale, o BANERJ, o BANESPA, as distribuidoras de energia elétrica, a EMBRATEL, a EMBRAER, as Telefônicas estaduais e tantas outras empresas brasileiras para grandes grupos econômicos privados nacionais e estrangeiros, foi meter o bedelho no quintal vizinho.
 
Enfaixaram-se de grandes bedéis da liberdade e dos direitos humanos e a pretexto de criarem um certo constrangimento nas relações do governo brasileiro com o governo venezuelano, resolveram visitar opositores venezuelanos que estão presos para verificarem as condições em que tais se encontram.
 
A Venezuela vive um momento decisivo para definir o seu futuro como pátria popular de um povo liberto de séculos de exploração, ou retroceder ao status de país satélite, colônia europeia e norte-americana.
 
É difícil para um país, praticamente sozinho, libertar-se. Figuras como os senadores brasileiros citados, existem por lá aos montes. São as pontas das lanças, cujas mãos que as seguram podem estar na Colômbia, maior parceiro militar dos EUA na América do Sul. A autodeterminação dos povos, direito inalienável do povo de cada país, jamais foi respeitada pelos EUA e só a ingenuidade pode levar a crer que distúrbios provocados pela oposição venezuelana não tem o Tio Sam por trás.
 
O pior de tudo é ouvir o Renan Calheiros dizer que a manifestação de pessoas favoráveis ao regime bolivariano, contra a presença dos senadores brasileiros, é um ato medieval.
 
Medieval é haver em grande escala em todo o mundo a exploração do homem pelo homem, em pleno século XXI. Medieval é o Brasil ter o Senado presidido um pulha!
Há que se considerar que a UNASUL e a OEA são organismos internacionais nos quais a Venezuela tem acento e por isso os legitima. Portanto, discussões, debates, busca de soluções pacíficas, formação de comissões de diálogos e de visitas, devem ficar restritas a tais organismos. Não cabe a nenhum país isoladamente pressionar qualquer dos lados rivais na Venezuela ou em qualquer outro país das Américas.
 
Os senadores do conservadorismo brasileiro cobram que o Brasil se posicione com firmeza contra o regime em vigor na Venezuela, pois sabem que a diplomacia petista privilegia a autodeterminação dos povos e guarda seus posicionamentos para exposição nos órgãos internacionais.
 
Fica fácil concluir, que a bisbilhotagem dos senadores do DEM e do PSDB no quintal da Venezuela, tem como objetivo atingir a cozinha do governo Dilma, pois geraram munição para as grandes mídias que, com esse arsenal, atingirá a opinião dos paneleiros e fará o assunto render por vários dias, sempre com a intensão de pressionar a maioria da classe média contra o governo.
 
Enquanto isso, o Congresso sai de foco e vai aprovando, na calada das noites, projetos como o do senador José Serra do PSDB de São Paulo, que retira a obrigatoriedade de participação da Petrobrás na exploração do Petróleo do pré-sal.
 
Não poderia encerrar, sem deixar uma pergunta para reflexão: Temos, hoje, o Congresso mais conservador das últimas décadas por causa das alianças que o PT fez desde o primeiro governo Lula?
 
 

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